Às vezes, penso o quão pequenos e frágeis somos diante das dores que nos
consomem, as dores da vida. Como pode um sentimento tomar conta de nossa vida
toda, contaminar tudo, tirar a graça das coisas boas?
E quando nem mesmo a fé é capaz de guiá-lo, de lhe tirar da sarjeta que
existe dentro você, que o paralisa, que tira o brilho da vida?
Pergunto-me por que algumas pessoas são tão fracas. Por que não
conseguem lidar com o sofrimento de maneira digna, sem se entregar de forma
covarde às dores da alma? O mundo é tão grande, há tanta coisa para se fazer...
No entanto, esses indivíduos se recolhem em sua dor e deixam a vida passar,
como se sentissem pena de si mesmos. Eles esperam que alguém seja capaz de se
importar e de salvá-los, enquanto, na verdade, não há nada e nem ninguém que
possa ajudá-los a não ser eles próprios.
Questiono-me também se a ignorância não seria a solução para os problemas
dos angustiados, pois, presumo que aqueles que pensam demais, sofrem
proporcionalmente. Aliás, não sou nada genial ao concluir isso: Aristóteles já o
fez há séculos. A mediocridade também contribui para a degradação mais completa
do indivíduo que sofre.
Bom, já pensei demais e sofri proporcionalmente por hoje.
É isso.
Daniele Aquino, 08/10/2014
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