quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Sobre aqueles que sofrem

Às vezes, penso o quão pequenos e frágeis somos diante das dores que nos consomem, as dores da vida. Como pode um sentimento tomar conta de nossa vida toda, contaminar tudo, tirar a graça das coisas boas?
E quando nem mesmo a fé é capaz de guiá-lo, de lhe tirar da sarjeta que existe dentro você, que o paralisa, que tira o brilho da vida? 
Pergunto-me por que algumas pessoas são tão fracas. Por que não conseguem lidar com o sofrimento de maneira digna, sem se entregar de forma covarde às dores da alma? O mundo é tão grande, há tanta coisa para se fazer... No entanto, esses indivíduos se recolhem em sua dor e deixam a vida passar, como se sentissem pena de si mesmos. Eles esperam que alguém seja capaz de se importar e de salvá-los, enquanto, na verdade, não há nada e nem ninguém que possa ajudá-los a não ser eles próprios.
Questiono-me também se a ignorância não seria a solução para os problemas dos angustiados, pois, presumo que aqueles que pensam demais, sofrem proporcionalmente. Aliás, não sou nada genial ao concluir isso: Aristóteles já o fez há séculos. A mediocridade também contribui para a degradação mais completa do indivíduo que sofre.
Bom, já pensei demais e sofri proporcionalmente por hoje.
É isso.


Daniele Aquino, 08/10/2014



segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Sobre amores não correspondidos (23/08/2015)

Nada mais clichê do que falar de amores não correspondidos... Mas sim, essa é uma inspiração para escrever... afinal, dói guardar pra si um amor. Amor de verdade quer transbordar, quer contagiar... mas quando o objeto desse amor o recusa, então cabe a nós, infelizes que somos, transbordar em palavras, em lágrimas... quem sabe assim o amor vai embora.
Eu amo e não sou correspondida e isso dói, e sufoca, e incomoda, e dói novamente, e vai, e vem... Isso devia ficar guardado só pra mim, afinal, amores não correspondidos não fazem parte da lista dos vencedores, pelo contrário. Aquele que ama e não é correspondido se sente um perdedor, as pessoas não querem ouvi-lo ou entendê-lo... O único conselho a dar é: um dia passa! Olhe pros lados, você vai encontrar alguém! Ele não prestava, esqueça isso! etc
Mas e se eu quiser amar mesmo sem ser amada? E se eu quiser chorar ao ouvir todas as músicas que falam de minha dor ou que me fazem lembrar dele? E se eu quiser continuar olhando nossas fotos e velar esse relacionamento que acabou? 
O que é o amor, afinal? Amar nunca foi sinônimo de ser feliz. Álvares de Azevedo não me deixa mentir. 
Sim, eu amo aquele homem que tanto me fez sofrer, que me machucou, pisou em cima do meu coração. Sim, eu fui atrás dele mil vezes e sim, hoje eu desisti de tentar e tentar... mas eu não deixei de amá-lo. Isso dói, mas está aqui e insiste em ficar ainda por um bom tempo a me corroer por dentro, a me roubar lágrimas e sonhos que não deveriam mais pertencer a ele e que, no entanto, nunca deixou de sê-lo.




segunda-feira, 7 de abril de 2014

E as coisas mudaram, mas nem tanto...

Olá, queridos...

Depois de muito tempo, volto ao blog para dar o ar da graça! rs....

A vida mudou... Comecei a trabalhar em uma escola religiosa e optei por tirar o hijab. Não foi imposição da escola, mas eu imaginei que ali não caberia eu continuar a usar tal vestimenta, uma vez que instituições religiosas (independente da religião) costumam optar pela paz e não pela polêmica rs... Precisava do emprego e não quis arriscar, fui à entrevista sem véu e, como consegui o emprego, não voltei a usá-lo.
Foi triste, difícil... só quem usa véu sabe o que ele representa... é, em primeiro lugar, uma forma de submissão à Allah (Deus) e depois, para mim, uma forma de identidade. Eu espero que um dia eu possa voltar a usá-lo.
O trabalho novo é muito bom: pessoas educadas, crianças e jovens interessados, colegas de trabalho muito queridos. Allah me abençoou muito com essa nova oportunidade e por isso só tenho a agradecer: El hamdulillah (graças a Deus) por tudo! Também continuo com o pré-vestibular, que é uma das minha paixões =)
O coração continua batendo, menos agitado, porém, ainda cansado e abalado por tudo o que aconteceu na minha vida nos últimos tempos... Há dias bons e ruins, dias em que estou animada, outros que eu queria desaparecer. Mas, graças a Deus, a cada dia, uma nova chance... Vamos seguir firme.

Grande abraço!
Boa semana.